sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ibama fecha 12 madeireiras onde casal de extrativistas foi morto no PA

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Nacionais Renováveis (Ibama) fechou 12 madeireiras que funcionavam em Nova Ipixuna (PA), nesta quinta-feira (30). Os técnicos do instituto havia feito o pedido do cancelamento das licenças ambientais das empresas em maio deste ano, após a morte do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, assassinados em 24 de maio, no assentamento Praialta Piranheira, na zona rural da cidade.
O fechamento das madeireiras faz parte da Operação Disparada, que acontece desde maio na região de Nova Ipixuna.
Uma das 12 madeireiras fechadas pelo Ibama nesta quinta-feira (30) em Nova Ipixuna (PA) (Foto: Divulgação/Imaba/Pará)Uma das 12 madeireiras fechadas pelo Ibama nesta quinta-feira (30) em Nova Ipixuna (PA) (Foto: Divulgação/Ibama/Pará)
Segundo o Ibama, as madeireiras tinha histórico de ilegalidades contra o meio ambiente. O cancelamento das licenças foi feito pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Todos os equipamentos e produtos florestais serão destinados à prefeitura e estão sob vigilância do Exército até a conclusão do processo de doação.
"Esperamos que uma nova geração de madeireiras, comprometida com a lei e o meio ambiente, surja no lugar desta, que sempre persistiu nas atividades ilegais, mesmo diante das constantes multas", disse Paulo Vinícus Marinho, gerente do Ibama no Pará.
De acordo com o instituto, as 12 madeireiras somam 122 autos de infração, o que totaliza R$ 5,1 milhões em multas aplicadas entre 2006 e 2010.
No período, foram apreendidos 770 m³ de madeira em tora, 630 m³ do produto serrado, embargados 315 hectares de áreas desmatadas e destruiu dezenas de fornos de carvão no assentamento Praialta Piranheira.

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